quarta-feira, março 07, 2007
Nao sou nada
Quem sou ?
De onde veio este corpo ?
De que lugar, este gosto amargo
que trago na lingua ?
Pra quem guardo os meus beijos ?
Quantos sóis e luas terei que esperar
por quem ha´de um dia chegar ?
Quantas interrogativas ?
Quantas exclamativas ?
Quantas alternativas terei ?
Nao sei, realmente nao sei nada.
Do corpo que tenho, nada possuo.
Concluo que nao sou dono de mim mesmo.
Cuido-me para dar-me aos outros.
Doar-me a quem procure abrigo.
O mundo é cruel e sinto-me uma fortaleza;
mas para mim mesmo sou fraco.
De vidro e depois caco.
Sou chao.
Tapete a ser percorrido.
Pano imundo para limpeza do mundo.
Sou grâo.
Sou nada....
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